quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Deus Não Desampara

"E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição e não se arrependeu." - (Apocalipse, 2:21)


Se o apocalipse está repleto de símbolos profundos, isso não impede que venhamos a examinar-lhe as expressões, compatíveis com o nosso entendimento, extraindo as lições susceptíveis de nos ampliar o progresso espiritual.

O versículo mencionado proporciona uma ideia da longanimidade do Altíssimo, na consideração das falhas e defecções dos filhos transgressores.

Muita gente insiste pela rigidez e irrevogabilidade das determinações de origem divina, entretanto, compete-nos reconhecer que os corações inclinados a semelhante interpretação, ainda não conseguem analisar a essência sublime do amor que apaga divinas escuras e faz nascer novo dia nos horizontes da alma.

Se entre juízes terrestres existem providências fraternas, qual seja a da liberdade sob condição, seria o tribunal celeste constituído por inteligências mais duras e inflexíveis?

A Casa do Pai é muito mais generosa que qualquer figuração de magnanimidade apresentada, até agora, no mundo, pelo pensamento religioso.

Nos seus celeiros abundantes, há empréstimo e moratórias, concessões de tempo e recursos que a mais vigorosa imaginação humana jamais calculará.

O Altíssimo fornece dádivas a todos, e, na actualidade, é aconselhável medite o homem terreno nos recursos que lhe foram concedidos pelo Céu, para arrependimento, buscando renovar-se nos rumos do bem.

Os prisioneiros da concepção de justiça implacável ignoram os poderosos auxílios do Todo-Poderoso, que se manifestam através de mil modos diferentes; contudo, os que procuram a própria iluminação pelo amor universal sabem que Deus dá sempre e que é necessário aprender a receber.

(Texto extraído do livro: Pão Nosso, Francisco Cândido Xavier/Emmanuel)


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