domingo, 4 de novembro de 2007

Jornadas Interplanetárias

Souza Rocha

O entendimento das leis divinas confere-nos a possibilidade de sentir que há uma harmonia plena em todo o Universo, jamais quebrada em toda a Eternidade. As leis supremas não poderiam ficar sujeitas a casuísmo, quais as humanas; a falhas e, nesse caso, a consertos ou remendos em decorrência dessas.

Nunca tive dúvidas quanto a asertiva de haver muitas moradas na casa do Pai, vida inteligente no Infinito.
Isso é básico, diria que é óbvio. Se é verdade que naves espaciais têm-nos visitado diria que é bem provável. Se essas visitas são assinaladas como OVNIS há quem afirme e quem duvide disso.
Sem idéia preconcebida, li algumas obras atribuídas a Ramatis. de Hercílio Maes soube que é uma criatura dócil e dedicada. Não faço, aliás, nenhum juízo apressado sobre ele.

Acontece, porém, que, ao ler "A vida no planeta Marte e os discos voadores", lá para as tantas me atrapalhei. Diz o texto que uma nave interplanetária, involuntariamente, por mero acidente de percurso, por lamentável descuido, quer dizer, POR ACASO, atingira um avião em pleno vôo, _ desintegrando-o instantaneamente. ora, dirão, acidentes acontecem. Seja como no caso do E T cujo corpo teria sido encontrado e até necropsiado nos EE UU.
Acredite nisso quem quiser. Na Terra, a conquista espacial apenas começou. Morrem astronautas. Previsível, arriscado que é.
Mas a questão em si mesma se complica no meu modo pessoal de ver, em decorrência da explicação dada. Em princípio, por se dizer que o acaso rompeu a ordenação dos fatos. Diz-se na obra que, principalmente por isso, a equipe extraterrena socorrera o aviador, ou seja, o Espírito da vítima. Natural que o fizesse. A rotura dos compromissos dele com a Terra, que não estava no roteiro de vida, na seqüência "cármica", no esquema evolutivo, causa espécie.

Pelo menos a mim, lá isso, causa, continua a explicação dizendo que, por isso, pelo aleatório de seu "destino" inesperado, implícita quebra de ordem nas esferas diretoras do Universo, teria sido conduzido a uma nova encarnação no planeta por isso responsável, em área mais aproximada possível de seu estágio evolutivo. Teria sofrido, no mínimo, um período de adaptação. Como teriam ficado seus compromissos com a Lei em relação à Terra? Dir-me-ão:

Espíritos reencarnam em outros mundos. Sim, eu sei. Mas consoante determinismo previsíveis. Nesse caso, seriam antes liberados dos compromissos para com a sociedade terráquea, queremos crer. E agora uma curiosidade, pelo menos: Por que não foi o Espírito devolvido à comunidade terrena mesmo, com o clássico pedido de desculpas da "alta diplomacia" interplanetária? Levando, quiçá, nas mãos, até mesmo um "passaporte" como prêmio de consolação? como teria ficado sua ficha, nesse caso, nos arquivos da Terra?

- "Desaparecido?" como entender essa "promoção" que, de alguma forma, fere a lei do mérito, compensatória? As relações interplanetárias deverão, nas próximas vezes, seguir caminhos bem mais lógicos...

Retirado de "Temas Espíritas em Debate" - Editora O Clarim - Matão, SP

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