segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Passe

Passe é a terapia de superfície, alívio momentanêo e até duradouro, mas não definitivo.
Não atinge as causas,embora em muitos casos de fé positiva e merecimento consiga operar curas de enfermidades graves.
A causa de nossas perturbações reside em nós mesmos, nas inferioridades morais que temos. Por isso,muito mais importante que o passe é o esforço por esclarecer-se. Esclarecidos, seremos defensores pessoais de nós mesmos. Saberemos defender a própria saúde, física e espiritual.
As perturbações de ordem espiritual, a influência de espíritos ou sua presença incômoda é de nossa própria responsabilidade.
Somos nós que lhe permitimos se aproximarem de nós.Quando sentimos ódio, revolta, inconformação, inveja, cíumes ou outros sentimentos negativos, mesquinhos, verdadeiramente escancaramos nossas defesas espirituais e os espíritos infelizes encontram livre acesso para nos pertubar (sintonia mental). Conclui-se em breve raciocínio que não adianta viver recebendo passe e não melhorar as nossas atitudes íntimas.
E isso se compreende de maneira muito ampla quando se estuda. Nossa preferência deve ser de procurar antes reuniões de estudo, palestras, estudos dos livros básicos da doutrina , para conhecer com profundidade as causas das enfermidades, das perturbações.
É comun encontrar-se a Casa Espírita cheia em dias de passas, reduzido, porém em dias de estudo ou nas palestras doutrinárias.
Ora, isto é um equívoco tremendo,valoriza-se demasiadamente a terefa do passe, em detrimento do que o espiritismo possui de mais belo o seu conteúdo doutrinário, este sim precisa receber prioridade dos dirigentes espíritas para levá-lo ao conhecimento do público e também receber nossa preferência.
O estudo espírita é altamente terapêutico, preventivo,abre a mente, esclarece o raciocínio, mas aqui, também não se iluda. O estudo requer perseverança, continuidade, interesse ...
A Doutrina possui material de estudo e reflexão para a vida toda.
O passe é importante? Claro que sim! Muito importante. Mas é tarefa e recurso secundário.
Conhecer a Doutrina Espírita deve ser a nossa meta. Ela não veio para ficar nas estantes .
Veio para ser conhecida, ajudar o homem.
Desprezá-la demostra desconhecimento da grave responsabilidade de que estamos investidos e também total desconsideração ao público que pretensamente julgamos atender.

(transcrito do Jornal Alavanca: de 12/ de 1997)

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