quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Ás portas de Damasco

A conversão de Saulo ás portas de Damasco é sem dúvida o instante supremo na vida daquele perseguidor de cristãos e das idéias inovadoras e libertadoras do Cristianismo.
De perseguidor,Saulo tranforma-se, ao influxo do apelo de Jesus,em Paulo,um dos maiores colaboradores dos seus propósitos de fazer crescer espiritualmente a população da Terra.
Não obstante a singularidade e a rapidez do fato,é sabido que a conversão de Saulo já vinha sendo arquitetada pelo Mundo Superior há algum tempo,antes da sua efetivação.

Não há que se discutir a importância e as consequências juntos á humanidade de tal ocorrência.
Muitos companheiros da era atual ainda estão á espera da sua "porta de Damasco" para se converterem. Olvidam,no entanto, que os tempos são outros e que as "portas de Damasco" se nos apresentam nas formas mais variadas.
Ás vezes,nas provanças de ordem material ou de ordem moral.Ora nos desequilibrios emocionais,motivados pela perda de entes queridos,ora nos desencontros efetivos que se desenrolam nos planos físicos.
Nessas horas em que,como se costuma dizer,"chegamos ao fundo do poço",é que nos deparamos com o chamamento de Jesus,convidando-nos a depositar os nossos sofrimentos nas esperanças e consolações que Ele nos dá.
É que muitas vezes,enceguecidos pela dor e pelas dúvidas,sequer atentamos que, nesse momento,estamos diante do instante que Saulo experimentou, embora de modo diferente,mas o chamamento á converssão é o mesmo...
Daí a necessidade imperiosa de tomarmos a decisão e termos a coragem de modificar-nos.Somos hoje,portadores do legado da fé racional que nos dá o sustentáculo necessário para, a exemplo de Paulo,nos tornarmos cristãos de fato,suportando como ele as injustiças,os sofrimentos,os descalabros dos tempos atuais,com a firmeza com que ele suportou em todos os seus dias vividos entre nós.

Abandonemos, assim,as ilusões do mundo,para vivenciarmos a realidade de uma vida plena de satisfações na alegria de servir sempre e cada vez mais,por amor a Deus.

O Reformador
ano 114 - nº 2.oo2

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